Trânsito difícil, barulho, estresse no trabalho, violência. Infelizmente, hoje a maioria de nós lida com essa realidade no dia a dia, em maior ou menor grau. Aí está o desafio de buscar mais qualidade de vida e quantos pontos for possível, e dentro da nossa própria casa é um deles: apartamentos decorados são agentes cada vez mais ativos na hora de levar conforto pra rotina.

Na década de 1980, por exemplo, a decoração predominava em móveis de linhas retas com cromo, vidros, elementos espelhados, carpetes, papéis de parede, estampas florais, tons pastéis e o chamado Shabby Chic, que nascera dez anos antes, na Inglaterra, influenciando a tendência do “chique gasto” ou “chique esfarrapado”.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Hoje, é consenso que o bom aproveitamento dos ambientes nas casas e apartamentos é fundamental para otimizar o bem-estar e até a produtividade dos moradores. Por isso que um projeto de design de interiores sério precisa pensar, claro, na beleza do resultado, mas principalmente na maneira com que cada cômodo é desfrutado ao máximo.

Adeus à era da contemplação de espaços

Sim, o design de interiores é superimportante; não como algo supérfluo, mas como uma necessidade. Já que cada espaço é singular, torna-se essencial entender a relação deles com as pessoas que irão usufruí-los para que a qualidade se faça presente.

Isso acontece por meio de estudos coordenados de elementos, colocando numa mesma balança a beleza e o conforto. Só assim os ambientes terão verdadeiramente uma influência positiva na vida das pessoas. Se passamos boa parte do dia em casa, nada mais justo que vivamos de forma harmoniosa nela.

Como a combinação de todos os elementos num espaço promove diferentes sensações, significa que podemos perceber desde uma ideia de praticidade quanto de aconchego, seriedade, caos, sedução, sofisticação, produtividade ou lazer. Por isso, um bom projeto seguindo um desses conceitos guiará os trabalhos subsequentes, envolvendo modificações físicas nos espaços (revestimentos, paredes, chão, elétrica, hidráulica etc.) e o entendimento de como se conectam móveis, iluminação, proporção, cores, texturas e outros elementos da decoração.

Conforto e saúde vêm primeiro

Pensar no conforto de quem vai se relacionar com o lar está em todos os detalhes. Os móveis, por exemplo, precisam ser agradáveis e não causar dores musculares ou na coluna à medida que são usados. Nesse caso, considerar o tamanho deles e o peso dos moradores é importante.

Outro ponto é a quantidade desses móveis: se ela for definida sem considerar a harmonia do cômodo, resultando em muita coisa distribuída, o apartamento pode parecer bagunçado, favorecendo até pequenos acidentes de colisão e tropeços no dia a dia.

Uma boa iluminação ilumina seu dia (é sério)

Não tem como pensar num projeto sem pensar na iluminação. Se um cômodo é mal iluminado, as consequências não são boas: vamos de problemas de visão, baixa produtividade (principalmente no caso de empresas) e até piora de uma depressão. Por esses motivos, saber fazer o cálculo luminotécnico e onde usar luz quente ou fria é tão considerável.

Aliás, indo além, é só pensar na distribuição de interruptores pelo lar: um detalhe que pouca gente percebe pode influenciar e muito em como sua rotina fica mais prática com o alcance fácil da iluminação. Se quiser uma sala de jantar mais intimista, um foco de luz direto sobre a mesa, por exemplo, é mais assertivo.

Se quiser uma salinha de biblioteca, para ler e descansar, luzes mais frias são melhores, assim como um abajur ou luminária ao lado de um móvel apropriado para leitura. Para um tom de mais vivacidade ao ambiente, pensar em grandes janelas que aproveitem melhor a luz solar é uma maneira inteligente de otimizar um projeto.

Se somos bem recebidos em casa, recebemos melhor as pessoas

Como dissemos no começo do texto, em um mundo extremamente acelerado, já ter qualidade de vida dentro de casa, com os próprios espaços, ajuda na autoestima, no combate ao estresse e no simples prazer de relaxar ali.

Isso reflete na forma como recebemos as pessoas em nosso lar: se ele é uma extensão da nossa personalidade e uma fonte de bem-estar, o convívio com a família e amigos é ainda mais positivo.

A influência das cores

Buscar um equilíbrio entre as cores que compõem os ambientes já pode ser um desafio. Imagine, então, essa composição levando em conta as diferentes sensações que podem passar para as pessoas.

É fato que as cores são capazes de influenciar nosso estado de ânimo, provocando respostas variadas em nosso sistema nervoso, uma vez que cada uma transmite uma mensagem específica, dependendo de sua temperatura e intensidade. Por isso, antes de escolher a cor para o cômodo X ou Y, é preciso refletir: qual a funcionalidade dele?

Enquanto a cor vermelha é estimulante e pode até causar fome (pense nas cores institucionais do Mc Donald’s, por exemplo), a cor laranja incentiva a criatividade e gera bem-estar e alegria. No entanto, se você prefere transmitir uma sensação de tranquilidade e relaxamento, o verde e o azul são as melhores escolhas, desde que não usados em excesso (nesse caso, a ideia passada pode ser de monotonia). Tons pastéis são ótimos aqui também, para um quarto ou sala de TV. Para um home office, em contrapartida, pode ser interessante apostar na energia da cor amarela.

Gostou? Já sabe quais sensações você quer que predominem no seu apartamento? Comente aqui embaixo! Se quiser intensificar ainda mais o bem-estar dentro de casa, saiba que ter móveis organizados ajudam bastante. Leia ainda no nosso blog nossas 6 dias para ganhar mais espaço no armário.